Apenas um dos doze grandes mercados da Europa verá melhorias nas insolvências empresariais face a 2015.
A melhoria das insolvências corporativas na Europa abranda, segundo o último relatório divulgado pela Crédito y Caución, no qual são analisados os doze principais mercados da Europa Ocidental. É o caso de Espanha, um dos principais destinos de exportação portuguesa, onde as insolvências corporativas alcançaram máximos históricos em 2013 devido à queda na procura interna e à falta de liquidez. Com o início da recuperação económica em 2014, as insolvências caíram de forma notória nos dois últimos anos, num ambiente de -25%. No entanto, a evolução em 2016 será muito mais modesta, com um corte de -10%.
A Dinamarca é o único mercado, dos doze analisados no relatório divulgado pela seguradora de crédito líder em Portugal, onde a melhoria das insolvências irá acelerar comparativamente com 2015. A Alemanha prepara-se para um valor mais modesto desde do início da crise. A forte economia germânica já regista melhorias nos níveis de sinistralidade desde 2009, no entanto, em 2016 esta ficará limitada a -2%, o pior valor de todo o período.
Outros mercados apresentam uma evolução muito similar: nos Países Baixos a notável melhoria de -22% registada em 2015 irá ver-se diminuída este ano para -15%; na Grã-Bretanha o corte passará de -9% para -1%; na Suécia, de -11% para -6%, na Irlanda, de -10% para -6%; na Bélgica, de -9% para -7% e na Áustria, de -5% para -2%.
Esta desaceleração generalizada na melhoria das insolvências tem duas exceções notáveis, França e Itália, dois mercados que registaram em 2015 um incremento das insolvências empresariais. Em 2016, após uma má evolução, prevê-se, em ambos os mercados, uma queda das insolvências de -4%. A Suíça é um caso semelhante: depois de em 2015 registar um crescimento de 7% nas insolvências, 2016 será marcado por uma estabilização.
Fonte: Crédito y Caución