A dona do azeite Gallo, presente em 47 países, participa amanhã na conferência da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.

A Gallo Worldwide “tem mais de 70% da sua facturação fora da Portugal, o que mitiga a influência da conjuntura económica portuguesa no seu negócio”. A convicção é do presidente executivo da Gallo, Pedro Cruz, que em declarações ao Económico salientou ainda que “o mercado interno de azeite tem demonstrado forte resiliência à recessão, mantendo-se estável”.

De acordo com a mesma fonte, que participa amanhã na IV Conferência da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), “decidimos investir fortemente no desenvolvimento internacional do negócio e da marca Gallo. Este trabalho levou-nos hoje a consumidores de 47 países, que representam mais de 70% das vendas da Gallo Worldwide”.

Sobre a chave para garantir o sucesso da aposta no mercado externo, Pedro Cruz – que falará no painel ‘Como garantir o sucesso e a sustentabilidade da internacionalização?’ – salienta “determinação, persistência e alguma Paciência. Naturalmente que antes de tudo isso há que ter ambição e acreditar que podemos ser, pelo menos, tão bons quanto quaisquer outros”.

Em vésperas de mais uma conferência, o presidente da FIPA, Jorge Henriques, lembra que o abrandamento económico deixou o mercado interno numa forte retracção. “Estima-se que o sector possa vir a perder em 2013 cerca de 5 a 8 % do seu volume de negócios”, realça Jorge Henriques. Para contornar este problema “as empresas estão inevitavelmente a virar-se para o exterior, sendo que o grande desafio é aumentar o volume de vendas e o número de empresas exportadoras”, sublinha a mesma fonte.

O presidente da FIPA avançou que as exportações, que em 2012, apresentaram um crescimento de 6% face ao ano anterior, “cresceram no primeiro trimestre de 2013 cerca de 8% face ao período homólogo de 2012, sendo que neste mesmo período o défice da balança comercial do sector caiu cerca de 12%”.

No que se refere ao desemprego, Jorge Henriques garante que a indústria agroalimentar tem mantido “alguma resiliência mas não é garantido que o consiga por muito mais tempo”.

Como medidas que iriam ajudar ao crescimento do sector, Jorge Henriques destaca: minimizar os desequilíbrios da cadeia de valor, competitividade fiscal e forte aposta nos processos de inovação e “com uma investigação e desenvolvimento potenciados em prol da economia, poderá ser expectável dar resposta aos desafios colocados pelos consumidores e pelos mercados”.

Fonte: Económico

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