O investimento da State Grid é para aplicar na realização de projetos entre 2013 e 2017. A partir daí o centro auto financiar-se-á

REN e os seus principais acionistas, os chineses da State Grid, assinaram hoje um acordo para a criação de um centro de investigação e desenvolvimento em Portugal na área da energia elétrica.

O projeto, que surge no seguimento da privatização da REN, representa um investimento de 12 milhões de euros, a aplicar entre 2013 e 2017 em projetos de investigação, mas findo este período irá “ter os seus próprios meios de financiamento, com co-financiamentos que podem ser europeus e com a venda de serviços”, esclareceu o CEO da REN, Rui Cartaxo, à margem da assinatura do acordo.

De acordo com este responsável, os 12 milhões terão ainda de servir para a implementação da sede do centro, que para já, ficará “provisoriamente” na sede da REN em Lisboa, na Avenida Estados Unidos da América. No entanto, Rui Cartaxo alerta que serão “muito parcimoniosos no que vão gastar na sede do centro”.

O importante na criação desta estrutura, diz o CEO da REN, é que este centro “vai estar muito integrado nas necessidades do sistema elétrico nacional, mas também nas necessidades da REN na sua interacionalização e nas novas tendências do setor”, servindo assim como alavanca para a REN na sua área de prestação de serviços para fora do país.

De acordo com um dos administradores da State Grid, Shan Shewu, que também esteve presente na assinatura, o centro será gerido em partes iguais pelas duas empresas e irá focar-se, incialmente, em desenvolver projetos na área das redes inteligentes, onde os chineses estão a dar cartas, e também na gestão de energia renovável, onde a REN tem mostrado várias competências.

Este centro de investigação surge no âmbito da privatização da REN e da consequente venda de uma participação de 25% aos chineses da State Grid. Para Rui Cartaxo, este projeto é, aliás, “uma das iniciativas mais importantes que acompanham a entrada da State Grid na REN e também do acordo de parceria assinado por ambas após a privatização”. Além disso, foi também um projeto que benefeciou a proposta da empresa perante o Estado português.

“O Estado considera que este centro é um desenvolvimento positivo do pós privatização. Este foi um dos trmas que se falou desde logo, ou seja, a cooperação entre as duas empresas para desenvolvver projetos de investigação que benefeciam engenheiros e técnivos locais e ainda que benefecia as empresas, porque elas precisam de ter investigação e desenvolvimento de melhor qualidade”, comentou o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, que também assistiu à cerimónia esta manhã.

Fonte: Dinheiro Vivo

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