Apesar de haver cada vez menos grandes investidores nacionais, ainda há grandes posições de portugueses na bolsa.

Nos últimos anos a EDP, a maior cotada do mercado, viu os grandes investidores portugueses abandonarem o seu capital. No entanto, nas outras maiores cotadas do PSI 20, a Galp e a Jerónimo Martins, os empresários portugueses conseguiram manter uma posição relevante.

Américo Amorim detém 55% da Amorim Energia, que por sua vez detém 38,34% da Galp. Feitas as contas à posição indirecta do empresário leva a que a posição na bolsa portuguesa esteja avaliada em 2,4 mil milhões de euros. Apesar do peso na segunda cotada com maior valor de mercado da bolsa nacional, Américo Amorim não é o investidor nacional com um peso mais significativo na bolsa.

Esse estatuto pertence a Alexandre Soares dos Santos, com a Fundação Francisco Manuel dos Santos a deter o controlo da Jerónimo Martins, numa posição avaliada em 3,4 mil milhões de euros. Tanto Américo Amorim como Alexandre Soares dos Santos resistem na lista dos portugueses com maior presença no mercado apesar da desvalorização das acções dessas duas cotadas nos últimos meses.

Outro dos investidores que evitou a tendência da perda de preponderância dos portugueses na bolsa nacional foi Pedro Queiroz Pereira. O empresário, que denunciou os problemas no Grupo Espírito Santo, tem posições avaliadas em 2,7 mil milhões de euros na Semapa e na Portucel, através daquela ‘holding’. No final de 2010, esse valor estava abaixo da fasquia de dois mil milhões de euros.

Também a família Azevedo se mantém como uma das mais influentes na bolsa nacional, com posições avaliadas em dois mil milhões de euros, tanto na Sonae como da Sonaecom no capital da NOS. A família Mota também conseguiu ficar com uma posição mais significativa em bolsa, assegurada, em parte pelo reforço da posição na Mota-Engil. Apesar da crise dos últimos anos, a posição na construtora passou de 220 milhões para 315 milhões de euros.

 

Fonte: Económico

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