A multinacional petroquímica catalã é também detida pela Caixa Geral de Depósitos.

A BA PET, liderada pelos accionistas da BA Vidros, volta a contra-atacar para evitar perder o controlo da La Seda de Barcelona, a multinacional petroquímica catalã, onde já injectou cerca de 65 milhões de euros e que é também detida pela Caixa Geral de Depósitos.

O grupo liderado por Carlos Moreira da Silva acaba de apresentar uma nova proposta de reestruturação financeira e industrial ao conselho de administração da La Seda de Barcelona e solicita a realização de uma assembleia-geral de accionistas.

Esta é a resposta à investida do fundo Anchorage, que viu aprovada recentemente a sua proposta financeira por parte do conselho de administração da La Seda, facto que levou ao pedido de demissão de Carlos Moreira da Silva e da restante equipa de gestão.

A Anchorage tem levado a cabo uma estratégia de cerco à La Seda, com vista à conversão de créditos em capital.

Em linhas gerais, a BA PET propõe converter os 235 milhões de euros actuais de dívida ‘senior’ no seguinte: 125 milhões de euros corresponderiam à área de negócios de ‘packaging’; 20 milhões de euros à divisão de PET; 30 milhões de euros em dívida, cuja devolução dependeria do que se consiga obter pela venda do sector de PET; e 60 milhões de euros que se converteriam em capital.

A BA PET comprometer-se-ia a aportar, sempre que não o façam os actuais accionistas em exercício do seu direito de subscrição preferencial, os 40 milhões de euros que foram identificados como necessários para, uma vez executado o refinanciamento, assegurar a viabilidade do Grupo LSB.

Este compromisso implica a entrada de dinheiro na companhia para garantir a sua viabilidade e o desenvolvimento do seu projecto industrial.

O projecto implica ainda que, no final, o capital social da La Seda fique distribuído do seguinte modo: os actuais accionistas passariam a deter 18% do capital social, os accionistas ou investidores que participarem passariam a deter 57% do capital social e os credores que terão convertido a sua dívida no valor indicado deteriam 25% do capital social.

Os accionistas da BA Vidros controlam actualmente cerca de 20% da La Seda e a Caixa Geral de Depósitos perto de 15%.

Fonte: Económico

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