O governador do Banco de Portugal  acredita que no pós-crise, “é preciso olhar para os destinos dados ao financiamento” e criar condições para o desenvolvimento de mecanismos de partilha de risco que completem a ação emprestadora da banca.
“É preciso que a nova ronda dos fundos estruturais seja dirigido para o reforço da autonomia financeira e redução do risco, de forma a dar às empresas a capacidade de acesso ao financiamento, em condições de preço adequadas”, defendeu hoje na primeira Conferência da CIP.

O responsável entende que o problema atual “não é um problema de liquidez” já que os bancos têm um rácio core tier one superior ao exigido, nem um problema de liquidez, já que têm colateral. É antes “um problema de risco”.

Por isso, entende que “é preciso assegurar que existem mecanismos de partilha de risco que completem o financiamento bancário, via sistema bancário, para apoiar as pequenas e médias empresas”.

Como refere, mais que nunca, os bancos precisam de “saber se

[o crédito] é para investimento produtivo ou não é para investimento produtivo. Este reconhecimento, diz, “é vital” para a sustentabilidade das empresas e da economia portuguesa, até porque como explica o financiamento ilimitado não vai voltar a repetir-se no futuro.

“É preciso investir nas empresas que existem, nas que dão produtividade, e apoiar o tecido produtivo”. Tal como “dar condições para o aparecimento da inovação”, completa.

Fonte: Dinheiro Vivo

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