Durante o ano passado, e com os dados conhecidos até Novembro, a APCC garante que o sector caiu metade (6%), da queda que ocorreu no comércio de rua (11%). Sampaio de Mattos diz que os centros comerciais se conseguiram preparar adequadamente para a crise.

Durante o ano passado, e com os dados conhecidos até Novembro, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) garante que o sector caiu metade (6%), da queda que ocorreu no comércio de rua (11%). O presidente da APCC, Sampaio de Mattos, diz que os centros comerciais se conseguiram preparar adequadamente para a crise.

Durante uma conferência de imprensa, em que a APCC anunciou os dados de vendas e de tráfegos que a partir de agora serão disponibilizados regularmente, Sampaio de Mattos revelou que os shoppings em Portugal facturaram, em 2012, cerca de cinco mil milhões de euros, menos 6% do que em 2011.

Também o tráfego nos centros comerciais diminuiu 4,8%, entre o ano passado e o ano anterior, para um total de 700 milhões de visitantes, em 2012. Sampaio de Mattos reforçou ainda a importância do sector que representa, segundo os dados que disponibilizou, um terço do IVA cobrado.

“A tendência de evolução tem sido positiva, e em 2013 esperemos que isso se mantenha”, disse o presidente da APCC, apesar dos registos ainda serem negativos, se as vendas caíram 11% em 2011, no ano passado a queda foi de 6%.

Depois de uma década com muitos milhares de metros quadrados inaugurados, Sampaio de Mattos estima que nos próximos dois anos sejam inaugurados apenas três centros comerciais (Fórum Évora, Allegro de Setúbal e o Dolce Vitta Braga). Com 100 mil funcionários no sector, o líder do sector prevê “uma pequena redução deste número”. Já em relação ao fecho de lojas, este responsável não atribui grande importância ao fenómeno. “Continuamos com taxas de ocupação de 98%, e os 2% que estão vagos, acontece durante um ou dois meses até serem ocupadas”, avança.

Em relação ao fenómeno das vendas on-line, a APCC revelou que o fenómeno já tem impacto nos centros comerciais, mas o mesmo ainda é residual. “É uma realidade que no espaço de 10 a 20 anos, os centros comerciais se têm de adaptar. Temos de estar à frente e não ir atrás”, avança o líder da APCC.

Dos valores apresentados pela APCC correspondem a 84% dos associados que partilharam os seus dados. A associação conta com 55 empresas associados, 69 centros comerciais, 23 galerias comerciais e 16 retail parks, com uma oferta de três milhões de metros quadrados.

Fonte: Negócios

 

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