A nova remuneração dos certificados de aforro e do tesouro será anunciada esta semana. Presidente do IGCP diz que estão em causa “valores mais próximos da Euribor e da taxa de depósitos”.

A partir de Fevereiro quem subscrever certificados de aforro ou certificados do tesouro poupança mais terá um corte na remuneração. Esta descida, que só se aplica a partir do próximo mês, terá em conta o valor da Euribor a 12 meses (0,275%) e da taxa dos depósitos, que nas aplicações até um ano se situa em 1,34%, de acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal.

A presidente do IGCP, Cristina Casalinho, não quis especificar o valor das novas taxas, mas referiu que o objectivo é trazê-las para “valores mais próximos da Euribor e da taxa de depósitos”. Explica que “quando as taxas foram alteradas, foi para serem alinhadas com os substitutos próximos. A ideia é manter esse objectivo e de alguma forma alinhar estes dois produtos com substitutos próximos. Quando foram alteradas, as taxas estavam bastante próximas da Euribor a doze meses e hoje em dia estão com valores bastante mais altos”.

Nas subscrições de Janeiro, a remuneração bruta dos certificados de aforro é de 3,069%. Já os certificados do tesouro poupança mais têm, para quem subscrever até final do mês, um juro crescente que vai de 2,75% a 5% no quinto e último ano da aplicação.

A antecipar o corte das taxas, os aforradores têm feito subscrições elevadas este mês. Cristina Casalinho revela que se trata de um “valor significativo” de subscrições, não quantificando, no entanto, o montante. Para este ano, o Estado pretende captar 2,5 mil milhões de euros através destes instrumentos de financiamento direccionado para o retalho. Apesar de reconhecer que tem sido um mês positivo em termos de subscrições, a presidente do IGCP acrescenta que “ainda não conseguimos um valor próximo desse”.

No ano passado, estes instrumentos foram responsáveis por cinco mil milhões de euros de financiamento do Estado. Cristina Casalinho reconhece, que a o corte da taxa, levará a uma descida do peso destes produtos no financiamento do Estado. “Claro que afecta. Temos consciência disso”, referiu.

 

Fonte: Económico

 

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