Sectores das novas tecnologias e da saúde são os que continuarão a precisar de recrutar, assim como as empresas exportadoras, as que apostam em nichos de mercado e ainda os negócios em contra-ciclo.

ão é novidade que as áreas tecnológicas são profissões de futuro. Mas também a saúde apresenta perspectivas de empregabilidade com o envelhecimento da população que se espera na Europa Ocidental. São dois sectores promissores em termos de empregabilidade futura.

As empresas tecnológicas continuam activamente a contratar. Parece, por isso, ser uma escolha com futuro tirar um curso de engenharia informática, telecomunicações, sistemas de informação, etc. Neste momento, várias são as empresas das áreas das Tecnologias de Informação que têm dezenas de vagas em aberto. E com as tecnologias a dominarem cada vez mais o nosso dia-a-dia prevê-se que o sector se mantenha de boa saúde e a crescer.

Algumas das empresas deste sector queixam-se mesmo de dificuldades em encontrar talentos, porque os jovens terminam a universidade e saem de Portugal. A maioria delas procura tanto profissionais com experiência como recém-licenciados

No que se refere à saúde, é um sector que, apesar da crise, continua a precisar de recrutar, porque precisa de responder à procura e ao envelhecimento da população. Os cuidados de saúde com a terceira idade são mesmo uma das áreas com maior perspectiva de crescimento, assim como as tecnologias ligadas à saúde.

Exportação e carreiras internacionais
Também as empresas exportadoras precisarão de recrutar sobretudo para funções de gestor de exportações e director de mercados internacionais com destaque para os sectores alimentar, vinícola, industrial e têxtil. As empresas com forte capacidade exportadora conseguirãoo recrutar.

Já as que se dediquem exclusivamente ao mercado interno terão mais dificuldade dada a quebra do PIB e do consumo dos portugueses que não ajudarão a fazer crescer o negócio e, consequentemente, à contratação.

Um bom exemplo é a construção civil, que em Portugal é um dos sectores mais afectados com a crise, e que poderá continuar a recrutar apenas para projectos em construção no estrangeiro.

Nestes casos, de profissões sem perspectivas de emprego em Portugal, o melhor é a aposta na aprendizagem de línguas, de preferência mais uma além do inglês, e a preparação para uma carreira internacional, mesmo a nível psicológico, que ajudará a ter uma boa capacidade de adaptação no caso da oportunidade surgir.

Nichos de mercado e negócios anti-cíclicos
Há, por outro lado, nichos de mercados que continuam a apresentar bons resultados e a desenvolver processos de recrutamento para reforçar as suas estruturas. Um deles é o sector do retalho de luxo, mas também o dos seguros, que continua a contratar para as suas equipas técnicas de suporte ao negócio e estruturas comerciais segmentadas por canal.

E depois há ainda os negócios anti-cíclicos, que não sofrem com a crise e têm até mais procura nestes períodos difíceis. São exemplos empresas que se dedicam à cobrança de dívidas ou as que focam o seu negócio nos chamados produtos ‘low cost’. Directores financeiros, de crédito e cobranças, analistas de risco e chefe de contabilidade, especialistas em direito laboral, fiscal e contencioso e ‘corporate tax’ são das profissões com mais oportunidades de trabalho, segundo a previsão feita para 2013 pela consultora Pagegroup.

Fonte: Económico

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