A seguradora Crédito y Caución reviu hoje em forte baixa a previsão para a economia da Zona Euro, apontando agora para uma recessão de 0,4% em 2013, constrastando com um crescimento de 2,6% a nível global.

Apesar de no último `Economic Outlook` da companhia, apresentado em novembro do ano passado, as estimativas apontarem para um crescimento da economia dos países da Zona Euro na ordem dos 2,8%, a perspetiva alterou-se, explicou John Lorié, economista-chefe do grupo Altradius, que detém a Crédito y Caución.

De acordo com o relatório hoje divulgado, em termos mundiais, a economia deverá crescer 2,6%, sobretudo devido à Ásia (que deverá crescer 4,8%), à América Latina (deve subir 3,4%) e aos Estados Unidos, cujo desempenho deverá manter-se nos 2,1%.

No próximo ano, no entanto, a Crédito y Caución já espera uma recuperação da economia da Zona Euro, estimando que cresça 0,9%, “o que ajudará a economia global a dar um salto de 3,2%”, refere o documento.

Para que este cenário se torne real, defende a companhia de seguros, será necessário alcançar algumas condições, a começar pela criação de uma união bancária e passando por uma maior integração orçamental e política na Zona Euro.

Além disso, os EUA devem reduzir as suas políticas de austeridade e os mercados emergentes devem manter o rápido crescimento que têm registado.

A manutenção de todos estes fatores torna incertas as estimativas de crescimento na Zona Euro, admitiram os analistas da companhia, sublinhando, no entanto, que o alívio na economia não vai chegar através da política orçamental, e que a recuperação deverá basear-se na política monetária.

Outra forma de estimular o crescimento será aumentar a competitividade e as exportações, referem, alegando que “isso poderá ser conseguido através de um aumento da produtividade ou de uma diminuição dos custos do trabalho.

Apesar das estimativas de melhoria do cenário macroeconómico, a Crédito y Caución considera que vai levar muitos anos até a economia da Zona Euro voltar aos níveis que registava antes da crise, até porque “as reformas e esforços de consolidação feitos pelos governos em todos os países da Zona Euro são projetos a médio-longo prazo”.

Fonte: RTP

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