A maior economia da Zona Euro continua a ser penalizada pela crise da dívida soberana na região e o desemprego cresceu pelo quarto mês consecutivo.

O desemprego na Alemanha, em Maio, subiu mais de quatro vezes do que era estimado pelos economistas consultados pela agência Bloomberg. O número de pessoas desempregadas, ajustadas de sazonalidade, aumentou em 21 mil para 2,96 milhões.

O desemprego avançou pelo quarto mês consecutivo na maior economia da Zona Euro e superou as previsões do consenso dos economistas. Os especialistas ouvidos pela Bloomberg antecipavam um crescimento de cinco mil pessoas.

A taxa de desemprego ajustada situou-se nos 6,9%, superando o mínimo de duas décadas de 6,8%.

Este é mais um indicador que vem acentuar as preocupações em relação à economia germânica. No primeiro trimestre, o produto interno bruto (PIB) cresceu 0,1%, depois da contracção de 0,7% no trimestre anterior. Já a construção desceu 2,1%, entre Janeiro e Março, face aos três meses anteriores, e as exportações recuaram 1,8%.

Contudo, a confiança dos empresários subiu, este mês, pela primeira vez desde Fevereiro, enquanto a confiança dos consumidores deverá situar-se, em Junho, no valor mais elevado desde 2007.

“A indústria alemã não é imune ao mau tempo e à recessão na Zona Euro”, explicou á Bloomberg Annamaria Grimaldi. No entanto, a economista do Intesa Sanpaolo realça que “comparada com o resto da Europa, a Alemanha está numa muito boa posição”, esperando que “a economia recupere no segundo trimestre”.

“A economia da Alemanha é sólida e, mais cedo ou mais tarde, os números do desemprego vão recuar novamente”, adiantou Alexander Koch, economista do UniCredit.

Este dado está a ter um impacto negativo nas bolsas do Velho Continente que aceleraram as perdas registadas desde o início da sessão. A penalizar o sentimento dos investidores está também a revisão em baixa das previsões de crescimento do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a China. A instituição estima agora que a China cresça 7,75%, este ano, menos do que a expansão de 8% antecipada no mês passado.

Fonte: Negócios

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