Empresa portuguesa investiu 8,5 milhões numa fábrica em Torres Novas para levar tecnologia portuguesa para o mundo.

A Digidelta começou por estar ligada à indústria gráfica mas hoje em dia, a empresa é muito mais do que isso. Ao longo dos últimos 28 anos o negócio evoluiu e hoje a Digidelta está a apostar forte na tecnologia LED, desenvolvida pela empresa portuguesa para o mundo, que está agora a ser patenteada.

A Digidelta é a responsável pelos painéis LED presentes nas remodeladas lojas Zippy, Sportzone, Worten, Mo (antiga Modalfa) mas também pelos ecrãs gigantes no Estádio da Luz e pelos que estão espalhados pelas cidades de Lisboa e Luanda.

Para focar a aposta nesta forma da comunicação digital, a Digidelta criou uma marca própria, a Netscreen, e investiu este ano 8,5 milhões de euros na construção de uma fábrica de tecnologia LED em Torres Novas, que já está a funcionar em pleno e que criou cerca de 20 postos de trabalho.

O sucesso da Digidelta nesta área explica-se, em parte, pela assistência que prestam aos produtos que vendem. Rui Leitão, fundador e presidente da Digidelta, em entrevista ao programa Grandes Negócios, do Etv, explica que “a Digidelta entendeu a necessidade do cliente de ter um produto que não funcione bem apenas quando está novo, mas que se mantenha sempre a funcionar na perfeição ao longo dos anos. Damos garantia de conformidade por toda a vida de um painel digital. Garantimos que a forma como ele funciona no primeiro dia é igual à do último dia de vida, passados sete, oito, nove anos. Até lá, é da nossa responsabilidade mantê-lo a funcionar nas melhores condições”.

Com esta aposta feita há dez anos, a Digidelta cobre todo o tipo de ofertas de comunicação digital. Primeiro a impressão digital para publicidade em carros ou em montras, por exemplo, e a exibição digital em ecrãs.

Além desta área da publicidade, a Digidelta entrou também no mercado da decoração de interiores. Daqui a poucos meses, a empresa vai apostar na personalização de tecidos adesivos que substituem o papel de parede com vantagens: “o tecido é mais fácil de aplicar porque não cria bolhas de ar e pode ser removido em qualquer altura sem estragar a parede”, garante Rui Leitão. Segundo o presidente da empresa, a ideia é o cliente poder “ir a uma loja em formato digital, folhear padrões no ecrã mobile e depois de encontrar o padrão que gosta, poder escolher as cores na paleta de cores, fazer uma prova de impressão, encomendar o tecido que quer e levar para casa um tecido adesivo que pode ser aplicado por qualquer pessoa”.

Nesta altura, a Digidelta aplica as ferramentas de impressão e exibição digital em cinco áreas de negócio: etiquetagem, indústria gráfica, publicidade, retalho e decoração, com os mercados internacionais a pesar 42% das vendas da empresa. E se a facturação cresceu 32% de 2012 para 2013, quando atingiu os 22,3 milhões de euros, este ano o volume de negócios vai alcançar os 30 milhões de euros, valor que estava estimado apenas para 2018.

 

Fonte: Económico

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