Católica é uma das 50 melhores do mundo para a formação de executivos. Nova e Porto Business School também distinguidas.

A Católica Lisbon School of Business & Economics é uma das 50 melhores escolas do mundo para a formação de executivos, e ocupa a 43.ª posição noranking do Financial Times sobre este tipo de programas, que é hoje divulgado. Outras duas escolas portuguesas foram distinguidas pelo jornal britânico, mas não estão incluídas na tabela geral: a Nova School of Business and Economics (Nova SBE), que está em 58.º lugar na formação aberta, e a Porto Business School, que pela primeira vez surge nesta avaliação, e ocupa a 68.ª posição.

Financial Times analisa a formação de executivos em três rankingsdistintos: um dedicado a programas abertos, ou seja, concebidos pelas escolas e oferecidos a gestores de forma genérica; outro para a formação feita à medida – encomendada pelas empresas para formar especificamente os seus gestores; e, finalmente, o ranking global, que combina o resultado obtido nestes dois últimos e elege as 50 melhores escolas do mundo.

Na tabela dedicada à formação feita à medida dos clientes, a Católica caiu seis posições face ao ano passado e situa-se no 54.º lugar. Já o Porto progrediu cinco posições, para a 59.ª. Aliás, a escola de Gestão da Universidade do Porto conseguiu a sua melhor posição nesta avaliação desde 2011, ano em que entrou pela primeira vez neste ranking.

No total, são avaliadas 70 escolas e a liderança no quadro geral é protagonizada pela HEC de Paris, seguida da espanhola IESE Business School e a suíça IMD. “Analisando algumas das variáveis, vemos que há o reconhecimento da dimensão estratégica que temos vindo a desenvolver. A escola é cada vez mais internacional, não é apenas uma escola portuguesa e europeia. Esta é a sua génese, mas é aberta ao mundo e tem uma posição de relevo cada vez maior no espaço atlântico”, diz Francisco Veloso, director da Católica Lisbon.

Além das parcerias com a Sloan School of Management, MIT, no Lisbon MBA (programa conjunto com a Nova SBE), a Kellogg School of Management ou a Carnegie Mellon, há cada vez mais ligações a Angola, Moçambique e Brasil, sublinha Francisco Veloso.

“Estas parcerias são uma mais-valia para as escolas, mas também muito importantes para as empresas, que são os nossos clientes. É com elas que desenvolvemos, cada vez mais, um trabalho de internacionalização. A economia portuguesa está a internacionalizar-se, em parte por estratégia, em parte por necessidade, e estamos a fazer um trabalho interessante nesse âmbito”, acrescenta. Em 2012, a formação para executivos representou metade da facturação da escola, que chegou aos 14 milhões de euros, o melhor ano de sempre.

O crescimento fora de portas também é destacado por Nadim Habib, presidente executivo da formação de executivos da Nova SBE. A faculdade pública ficou em 16.ª no indicador que avalia a posição internacional, muito acima das suas concorrentes em Portugal. A queda no ranking da formação aberta, de 53.º para 58.º, é “fruto de uma aposta clara no mundo que fala português”, justifica a escola. “Sabíamos que os nossos esforços de internacionalização, com a abertura das escolas em Luanda, S. Paulo e Maputo, iam ter um impacto potencialmente negativo nos rankings doFinancial Times, mas estamos convictos de que, em 2014, voltaremos a alcançar o lugar que merecemos”, diz Nadim Habib, em comunicado.

Ao PÚBLICO, o responsável da Nova SBE explica que a baixa taxa de respostas acabou por prejudicar a evolução da faculdade pública. “Estando nestes países, decidimos incluir os alunos no questionário e criar uma relação com a comunidade

[local] leva tempo. Acredito que, a médio prazo, teremos um retorno maior”, explicou. O FT compõe a tabela a partir de inquéritos às escolas e aos alunos, além de critérios como a facturação (ver caixa).

Nova aposta na China
Elizabete Cardoso, directora de marketing e relações exteriores, sublinha, por seu lado, que a presença nos mercados de língua portuguesa, sobretudo economias emergentes, tem uma “importância estratégica significativa”. Foram desenvolvidos programas a pensar nestes países e “no interesse de cidadãos estrangeiros por estes mercados, ou seja ,pela forma de fazer negócios em português”.

O corpo docente cada vez mais composto por estrangeiros, as aulas em inglês e as acreditações (essenciais para poder ser considerada para análise pelo FT) contribuem para a internacionalização da Nova, que está, agora, apostada em alargar o âmbito geográfico, não só das parcerias com outras universidades, como dos alunos. A faculdade fechou, recentemente, acordos com a Shangai International Studies University e a Beijing Foreign Studies University que, juntas, representam um potencial de 200 novos estudantes. Até ao final do ano, a intenção é fechar mais quatro acordos. Com o programa Portuguese & Business a intenção é angariar empresários e alunos chineses com interesses nos mercados de língua portuguesa “e para quem o português é também uma língua de negócio”.

De acordo com os números recolhidos pela Nova SBE, e que servem de argumento de venda, 4,6% do PIB mundial fala português. Os países de língua portuguesa geram anualmente 1857 mil milhões de euros de riqueza.

Fonte: Público

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