Banco de Espanha prevê que o país registe uma taxa de crescimento positiva entre julho e setembro.
O governador do Banco de Espanha, Luis María Linde, afirmou hoje que 2012 foi um dos anos mais difíceis para o país, sublinhando que o pior já passou.
“Os avanços registados nos meses decorridos de 2013 parecem confirmar que a pior fase desta segunda recessão já foi ultrapassada. No entanto, persistem riscos que não nos permitem considerar que a crise financeira está resolvida”, disse Luis María Linde no Congresso dos Deputados, citado pelo “El Mundo”.
Segundo o responsável, as maiores quedas do produto interno bruto (PIB) ocorreram no final do ano passado, sendo que atualmente o país assiste a um alívio da contração económica e no terceiro trimestre já deve registar taxas crescimento positivas.
Luis María Linde defendeu também a necessidade de mais flexibilidade no mercado laboral para aumentar a competitividade, assim como a aplicação do plano nacional de reformas, com vista a melhorar a produtividade em diversos sectores e melhorar o funcionamento das instituições.
“Para recuperar o crescimento económico há que estimular o investimento e criar emprego e para superar a crise bancária e financeira necessitamos de segurança jurídica. Aproveito esta ocasião para pedir mais esforços para protegê-la e reforçá-la”, acrescentou.
Melhorar financiamento às PME’s
O governador do Banco de Espanha reconheceu ainda que persistem os problemas de financiamento às pequenas e médias empresas (PME), sendo vital encontrar alternativas.
“O Banco Europeu de Investimento (BEI) tem capacidade para estimular os empréstimos às PME, através de um aumento do seu financiamento à banca pública europeia que atua neste âmbito. Ou podem estudar-se esquemas para dividir riscos, utilizando fundos europeus, como fundos estruturais, hipótese que está a ser discutida, e esquemas específicos para potenciar o crédito à exportação”, defendeu.
Entre janeiro e março, o PIB espanhol caiu 0,5%, registando o sétimo trimestre consecutivo de queda e segundo a Comissão Europeia (CE) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) não deve recuperar antes do fim do próximo ano.
Fonte: Expresso