Portugal deverá sair do programa de assistência financeira em 2014, tal como previsto, mas os “problemas” deverão continuar a existir, segundo um estudo apresentado hoje, em Bruxelas.

De acordo com o documento do ‘think tank’ (grupo de reflexão) Bruegel, que avalia os programas de assistência financeira português, grego e irlandês, “parece provável” que Portugal saia do programa “no calendário previsto”, ou seja, em 2014, o que seria um “sucesso” para o país e para a ‘troika’.

No entanto, os autores do estudo – André Sapir, Guntram Wolff e Jean Pisani-Ferry – afirmam que a saída do programa da ‘troika’ (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) “não será o fim dos problemas de Portugal”, uma vez que a “economia continuará frágil”.

Durante a apresentação do estudo, o economista Guntram Wolff destacou o facto de os mercados estarem “relativamente optimistas” em relação a Portugal, mas disse que a “sustentabilidade económica e social” do programa de reformas “continua em dúvida”.

Em Portugal, o “principal problema” é o facto de, até ao momento, o programa de assistência não ter sido “bem-sucedido” na promoção do investimento”, lê-se no documento, de acordo com o qual, nesta matéria, o desempenho português “é muito pior do que o da Irlanda e apenas um pouco melhor do que o da Grécia”.

Crescimento “decepcionante tornou os objectivos do défice inatingíveis”, dizem ainda os autores do estudo.

Por último, os autores documento afirmam que as reformas no mercado laboral português são “cruciais”, defendendo a necessidade de alterações depois do fim do programa de ajustamento.

Fonte: Sol

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