Portugal e a Irlanda vão estar na agenda da próxima reunião do Eurogrupo.
O novo presidente do Eurogrupo, Jeoren Dijsselbloem, disse nesta segunda-feira em Bruxelas que os ministros das Finanças da zona euro vão analisar em Março de que maneira podem apoiar Irlanda e Portugal a regressarem plenamente aos mercados.
No final da primeira reunião a que presidiu desde que foi eleito para suceder a Jean-Claude Juncker na liderança do Eurogrupo, e na qual Portugal não esteve na agenda, o ministro holandês assinalou, todavia, que foi discutida, e saudada, a conclusão da nova revisão do programa de assistência à Irlanda, apontando que na próxima reunião os 17 irão estudar os pedidos de Dublin e Lisboa com vista à extensão dos prazos para pagar os empréstimos.
“Iremos discutir na nossa próxima reunião, em Março
Na anterior reunião do Eurogrupo, a 21 de Janeiro, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, solicitou ao Eurogrupo a extensão dos prazos de maturidade dos empréstimos a Portugal, de modo a facilitar o regresso aos mercados, afirmando ter a “expectativa fundada” do apoio dos seus parceiros do euro, recordando o compromisso assumido pelos líderes da zona euro em 2011, de facilitar o regresso de Irlanda e Portugal aos mercados desde que a condicionalidade dos programas fosse respeitada.
Vítor Gaspar sublinhou, perante os seus homólogos, o facto de Portugal ser um país “que cumpriu e que cumpre” os seus compromissos do programa de ajustamento, e que a “forte capacidade de execução” permitia mesmo que o país estivesse “prestes a poder realizar emissões” no mercado primário de obrigações.
O ministro português adiantou na altura que o trabalho técnico iria prosseguir nas semanas seguintes, havendo “uma nova discussão política destas questões” em Março.
No dia seguinte, o comissário dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, indicou que Comissão Europeia é favorável à extensão dos prazos de maturidade dos empréstimos solicitada por Portugal, apontando também que uma decisão só deveria ser tomada, no entanto, em Março.
“Do ponto de vista da Comissão, o nosso entendimento, em princípio, deverá ser uma decisão favorável”, tanto para os empréstimos concedidos ao abrigo do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) como do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, afirmou Olli Rehn a 22 de Janeiro.
Fonte: Público