Uma das opções em cima da mesa impõe perdas nos depósitos sem garantia e aos credores do Chipre, noticia o Financial Times.
Os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se hoje, em Bruxelas, e um dos assuntos em discussão é a situação cipriota. Não devem ser tomadas decisões, mas segundo noticia hoje o Financial Times, que cita um documento confidencial que será debatido na reunião do Eurogrupo, agora liderado pelo holandês Jeoren Dijsselbloem, o resgate do Chipre pode ser diferente de todos os outros.
Isto porque uma das três alternativas a um resgate completo impõe perdas nos depósitos sem garantia, algo que não aconteceu na Grécia, Irlanda nem em Portugal, além de uma reestruturação da dívida. O documento assume que os riscos inerentes a esta hipótese são “significativos” e incluem o colapso do sistema financeiro cipriota e o contágio à zona euro, pelo que é pouco provável que esta opção seja adoptada.
As “vantagens” desta opção radical, segundo o FT, seria a redução em dois terços do valor do resgate – passaria de 16,7 para 5,5 mil milhões -, respondendo ao criticismo alemão, e o emagrecimento da dívida do Chipre para 77% do PIB face ao rácio de 140% contabilizado no modelo actual de resgate.
Um acordo sobre o Chipre deve ser fechado no próximo mês.