A sociedade Pathena iniciou, na passada quinta-feira, operações de um fundo que pretende investir 50 milhões de euros em empresas tecnológicas nacionais com potencial de expansão internacional, disse hoje à Lusa um dos responsáveis.

De acordo com um dos fundadores da Pathena, António Murta, neste momento contam com 40 milhões de euros, tendo por objetivo obter os 10 milhões em falta nos próximos 12 meses junto de investidores estrangeiros, num processo que demorou dois anos antes do lançamento efetivo.

“Recordo-me que quando começámos, as iniciativas que fizemos para estabelecer contactos internacionais eram literalmente experiências de horror, pelo menos de repulsa. A imagem de Portugal era muito má. Nos últimos 12 meses isso mudou completamente. Não tem nada a ver connosco, tem a ver com o contexto”, explicou António Murta à margem do Encontro Internacional da rede PAEX na Porto Business School.

Metade dos fundos reunidos até agora são provenientes do Fundo Europeu de Investimento, enquanto os restantes correspondem a entidades bancárias como a Caixa Geral de Depósitos, o BES, e à PT.

O sócio gerente da Pathena sublinhou que contam já com um ‘pipeline’ de empresas nas quais apostar, sendo a primeira a I2S, responsável pela criação de ‘software’ especializado para empresas de seguros.

Num processo que Murta realça ter de ser feito com “cuidado”, uma vez que “não é em três meses que se conhece uma empresa”, a ideia é internacionalizar.

“Costumo dizer que basta internacionalizar para Londres”, sublinhou o empresário.

Fonte: Sol

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