Quase 40 mil empresas da construção e do imobiliário encerraram desde 2010. Em 2014 foram 5.800, estima a confederação do sector, que vê a diminuição do número de desempregados como sinal positivo para o início de 2015.

O número de insolvências de empresas da construção e imobiliário registadas em 2014 diminuiu 17,3%, destaca a confederação do sector, que sublinha, contudo, que “apesar de constituir uma evolução positiva face ao ano anterior, ainda representa, em média, quatro insolvências diárias”. Um valor, acrescenta, que corresponde a mais de um quarto (25,6%) do total nacional.

Em comunicado, a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) estima que em 2014 se tenha verificado um total de 5.800 encerramentos de empresas de construção e imobiliário, valor que representa uma redução face aos 7.100 encerramentos ocorridos no ano anterior, mas que eleva o total de empresas encerradas, desde 2010, para as 39.641.

Esta realidade, sublinha a CPCI, foi acompanhada com a eliminação de 276 mil postos de trabalho no sector, no mesmo período.

Para a confederação, “esta redução no número de insolvências, a qual está a ser seguida por uma redução, até Outubro, em termos homólogos, de 19,1% no número de desempregados oriundos do sector, é um sinal positivo para o início de 2015, que se espera poder ser consolidado ao longo dos próximos meses”.

A CPCI diz ainda que “os instrumentos e as soluções existem, seja no domínio do investimento público, seja no domínio do investimento privado, que terá de assumir um papel preponderante”.

“Dar à reabilitação urbana uma dinâmica nacional, captar mais investimento estrangeiro, executar os fundos comunitários do QREN ainda disponíveis, concretizar o Plano Estratégico dos Transportes e Infra-estruturas, implementar o Programa Portugal 2020 e dar resposta ao repto corporizado pelo Plano Juncker, são as metas que o Governo terá de assumir para fazer do ano de 2015 o início de um novo ciclo”, conclui.

Fonte: Negócios

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