José Efromovich admite fazer uma nova proposta para a aquisição da TAP. O controlador do grupo Synergy, dono da Avianca, garante não ter ficado ofendido com a recusa do governo português de há três meses e agora diz aguardar apenas a publicação de um novo edital para avançar. 

“Se as condições forem favoráveis vamos participar”, disse o empresário boliviano ao jornal “O Estado de São Paulo”, na edição de hoje (sábado). “No mundo dos negócios não adianta ficar ofendido. Não estamos tristes pela recusa da proposta, faz parte do mercado”, afirmou Efromovich.

O objetivo da empresa é crescer no estrangeiro e a TAP continua a ser um alvo apetecível. “Basta para isso que as especificações do edital sejam parecidas com as do ano passado: se forem participaremos outra vez, não vejo por que não, queremos crescer no estrangeiro e comprar a TAP é uma alternativa”.   Em relação ao fracasso das negociações no final do ano passado, Efromovich explicou que “houve um desencontro de informações” e falta de tempo útil para resolver a falta de um documento – uma carta de crédito que garantisse o sinal do pagamento .

“Nós seguimos o edital e entendemos que esse documento não era necessário”.   Na ocasião, o Synergy foi o único grupo a chegar à etapa final do processo de privatização da TAP. É público que o governo português pretende retomar o processo num de três modelos: venda total, o modelo do ano passado, venda de 49 por cento ou venda de 51 por cento da empresa a uma companhia aérea e o restante a investidores do mercado financeiro. Efromovich diz que qualquer uma das soluções interessa ao Synergy, desde que lhe seja permitido gerir a empresa.

O Synergy controla a Avianca, uma companhia aérea colombiana (e uma homónima brasileira). Atualmente opera sobretudo em rotas que ligam a América Latina e os EUA. Interessa à companhia expandir-se para a Europa – para já só tem voos para Espanha – e a TAP, líder na rota Brasil-Portugal, é uma alternativa apetecível. Juntando os dois eixos, a empresa poderia juntar os dois mercados, dos EUA à América Latina e do Brasil a toda a Europa. “O objetivo das aquisições passa sempre pela sinergias, o novo objetivo do ano passado, a negociação voltou à estaca zero mas agora aguardamos novo edital”.

Fonte: Dinheiro Vivo

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