Europa abriu sem tendência definida, ainda na ressaca das quedas acentuadas de ontem devido à crise política em Espanha.

O principal índice português, o PSI 20, seguia a somar 0,04% para os 6.138,4 pontos, após ontem ter recuado quase 2% na pior sessão de ano. Lá por fora o dia também era de recuperações ligeiras, com Madrid e Paris a somaram em torno de 0,1%. Já Milão perdia 0,7%. Isto depois de ontem a pressão vendedora ter fustigado os mercados financeiros, com os investidores em alerta máximo devido ao alegado caso de corrupção no partido de Mariano Rajoy e ao pedido da oposição para o primeiro-ministro se demitir.

“A trégua concedida pela crise da dívida teve um impacto positivo nos mercados financeiros. Todavia, esta trégua parece estar ameaçada pela incerteza política em Espanha e em Itália”, referiram os analistas do BPI no Diário de Bolsa online. “Em Espanha, as acusações relacionadas com financiamentos ilícitos ao primeiro-ministro Rajoy tem ameaçado a reputação do executivo, tendo alguns membros da oposição exortado a sua demissão. Uma instabilidade política em Espanha poderia anular os recentes esforços que o país realizou em termos de austeridade assim como aumentar a percepção de risco do país”, acrescentaram.

No mercado cambial, o euro depreciava pela segunda sessão, recuando 0,15% para 1,3494 dólares, ao mesmo tempo que o barril de ‘brent’, referência para as importações nacionais, desvalorizava 0,28% para 115,28 dólares.

Por cá, são os títulos da Galp e EDP Renováveis que sustentavam o índice, subindo 0,29% e 0,41%, respectivamente. Ontem, a petrolífera nacional realizou um empréstimo obrigacionista, por subscrição particular, no montante de 150 milhões de euros.

Do lado positivo, nota ainda para o BES, que hoje apresenta contas, que subia 1,26% para 1,043 euros. Uma poll do Diário Económico junto de analistas antevê um lucro de 92 milhões de euros em 2012, com ganhos na dívida pública. Ainda na banca, o BPI subia 1,6%.

A pressionar Lisboa está sobretudo a Jerónimo Martins, cujos títulos perdiam 1,15% para 15,865 euros. No total, mais oito cotadas seguiam em zona de perdas, com nota para o Banif, que perdia 3,5% para 0,1135 euros, e para a Sonae Industria, que regredia 2,28% para 0,6 euros.

Fonte: Económico

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