O membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE) Jörg Asmussen admitiu hoje o fim da ‘troika’, mas apenas quando o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) for uma instituição “plena” da União Europeia.

Num debate na comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu sobre o resgate a Chipre, a eurodeputada socialista Elisa Ferreira defendeu que “é preciso substituir a ‘troika'” (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), alegando que não existe “ninguém que seja responsável” e sustentando que é “preciso mudar para um regime de base europeia”.

A deputada perguntou ao membro do conselho executivo do Banco Central Europeu Jörg Asmussen e ao comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, presentes no debate, quando será possível “ter o fim da ‘troika’?”

Na resposta, Jörg Asmussen reconheceu que o “modelo tem de ser alterado”, mas desaconselhou que a ‘troika’ acabe no momento atual, “a meio de uma crise”, quando não existem alternativas.

Asmussen admitiu, contudo, que a ‘troika’ possa deixar de existir quando o MEE se tornar numa instituição “plena” da União Europeia.

O membro do conselho executivo do BCE elogiou ainda o desempenho da ‘troika’, afirmando que as três instituições têm “trabalhado bastante bem”.

Durante o debate, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários reiterou que a primeira parcela da ajuda financeira a Chipre, no valor de 10 mil milhões de euros, será desbloqueada dentro de “poucos dias”.

Olli Rehn voltou a dizer que os problemas de Chipre tiveram origem num setor bancário sobredimensionado e afirmou que uma das lições que podem ser retiradas do processo de negociação do resgate cipriota é que a União Europeia precisa de uma união bancária.

Fonte: Dinheiro Vivo

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