Carteira de encomendas do grupo no mercado doméstico representa apenas 15% do total.

A actividade da Soares da Costa em Portugal caiu 49,2% nos primeiros três meses deste ano, passando o volume de negócios no mercado doméstico de 66,2 milhões de euros em Março de 2012 para 33,6 milhões no mesmo mês de 2013. Uma trajectória, refere o grupo no relatório e contas do primeiro trimestre, “consonante com a evolução do panorama geral do mercado”, a que se associou, no seu caso particular, o contributo decrescente da construção da auto-estrada Transmontana à medida que o projecto se aproxima da sua conclusão, prevista para final de Julho.

Portugal representou assim nos primeiros três meses do ano pouco mais de 20% do volume de negócios do grupo, que caiu 18,1%, para 162,8 milhões. As demoras registadas no arranque de duas obras em Angola e na execução de uma obra nos Estados Unidos foram outras das razões apontadas pela Soares da Costa para a quebra do volume de negócios. O grupo prevê, contudo, que estas contingências sejam ultrapassadas a partir do terceiro trimestre, com a recuperação dos valores atrasados.

Os mercados internacionais, onde o grupo registou uma quebra de 2,5% do volume de negócios, representaram uma quota superior a 79% da actividade. A quebra foi ainda sentida nas várias áreas de negócios, com a da energia a protagonizar a mais acentuada, de 62,2%, seguida pela das concessões, que recuou 60,1%, e da construção, que decresceu 28,9%.

A carteira de encomendas da Soares da Costa cresceu, por seu lado, 3,2% em três meses para 1.082 milhões de euros, representando os mercados externos 85% do total. As obras em carteira em Angola aumentaram 22% e em Moçambique 27%.

Na apresentação de resultados, a empresa refere ainda que até ao final de Abril lhe foram adjudicadas obras no valor de 199 milhões de euros. Já o seu pipeline de propostas em fase de concurso ou decisão atinge os 2,6 mil milhões de euros, dos quais 38% em Angola. Portugal representa, por seu lado, apenas 20% desse pipeline.

No primeiro trimestre a Soares da Costa registou prejuízos de dois milhões de euros, um resultado que reflecte a queda da actividade operacional e custos não recorrentes – com rescisões de colaboradores – de 1,5 milhões de euros.

Na assembleia geral de quinta-feira foram eleitos os novos órgãos sociais do grupo, tendo António Gomes Mota sucedido a Manuel Fino como “chairman” do grupo. O número de administradores diminuiu de 10 para sete.

Fonte: Negócios

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