Depois de lançado o plano de acção para o mercado residencial, o Governo vai avançar em breve com outros dois produtos estratégicos definidos para o sector.

O novo Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT), aprovado na passada quinta-feira em Conselho de Ministros, começou a ser posto em prática com o plano de acção para o mercado residencial e o Governo espera em breve avançar para outros dois produtos considerados estratégicos para o sector: a saúde e o património.

Nesta terça-feira, o ministro da Economia referiu, em conferência de imprensa, que haverá novidades em breve nestas duas áreas, especialmente no que diz respeito ao turismo de saúde, que resultará da articulação entre a tutela de Álvaro Santos Pereira e a de Paulo Macedo. “O trabalho está bastante avançado”, afirmou.

O turismo residencial, focado na venda de imobiliário turístico, de saúde e de património são três dos dez produtos definidos pelo Governo como estratégicos para o sector. Da lista fazem ainda parte o turismo religioso, de estadias de curta duração em cidade, de negócios, de natureza, de gastronomia e vinhos, de golfe, naútico e ainda sol e mar.

Na conferência de imprensa desta terça-feira, o ministro da Economia sintetizou as principais linhas do PENT, que esteve em consulta pública durante o mês de Março. Deste processo resultaram alterações à proposta do Governo, como o reforço da importância do turismo religioso e a criação da Comissão de Orientação Estratégica para o Turismo, que será presidida pelo primeiro-ministro.

O novo PENT, que vem substituir a versão aprovada durante o Governo de José Sócrates, será seguido durante três anos, até 2015. Álvaro Santos Pereira destacou nesta terça-feira o facto de o anterior plano ter “traçado objectivos demasiado ambiciosos e pouco realistas”. O secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, disse mesmo que “era um plano pouco focado, de meras intenções”.

Em termos de metas, a consulta pública realizada em Março não trouxe alterações à proposta apresentada pelo Governo, que aponta para um crescimento médio anual de 3,1% nas dormidas e uma subida de 6,3% ao ano nas receitas do sector.

Já no que se refere aos mercados emissores de turistas, foram definidos três grandes grupos. Por um lado, o executivo quer que se aposte na dinamização de geografias de alto crescimento, como é o caso do Brasil ou da Rússia. Haverá ainda uma tentativa de revitalização dos principais mercados (Reino Unido, Alemanha, Holanda, Portugal e Espanha) e uma diversificação para países como os EUA e a América Latina.

Outra novidade do novo PENT é o facto de passar a haver uma monitorização regular do cumprimento e adequação das metas definidas. O plano terá uma avaliação trimestral, que será coordenada pelo Turismo de Portugal, e um balanço ao final dos três anos.

Fonte: Público

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