Nas empresas com menos de 50 funcionários, menos de cinco anos e ‘start-ups’. As conclusões são de um estudo da Informa D&B, que será apresentado esta quarta-feira.

Com os números do desemprego em Portugal a atingirem os 17,5% – o nível mais alto dos últimos 27 anos -, há números que trazem esperança: mais de 60% do novo emprego, criado entre 2007 e 2011, foi responsabilidade das pequenas empresas, com um número de empregados igual ou inferior a 50 pessoas; as empresas jovens, com idade igual ou inferior a cinco anos, já representam 46% do emprego criado em cada ano. E as ‘start-ups’, nascidas em cada ano, representam 6,5% do tecido empresarial, mas são responsáveis, em média, por 18% do emprego criado em cada ano. Estes são os dados que a Informa D&B vai apresentar na próxima quarta-feira, 8 de Maio, na 2ª conferência sobre crescimento empresarial, organizada pela Informa D&B, GrowthManifesto e a Nova School of Business and Economics, em Lisboa.

Esta é já a segunda conferência promovida por estas entidades, no sentido de analisar e discutir os fenómenos que potenciam o crescimento empresarial português. E, para isso, vão reunir-se uma vez mais vários especialistas nacionais e internacionais, como são os casos de Jorge Portugal, consultor para a Inovação do Presidente da República, Rodrigo Peduzzi, da Comissão Europeia, Carlo Menon, economista da OCDE, e Dane Strangler, da Marion Kauffman Foundation. Tudo para debater novas perspectivas sobre a criação de emprego em diferentes economias ocidentais, partindo do caso português, que será analisado ao pormenor com a apresentação do estudo “Onde nasce o novo emprego”, realizado pela Informa D&B e no qual é feito um retrato do tecido empresarial português entre 2007 e 2011.

Dentro do período em análise, nasceram em Portugal uma média anual de 22 mil ‘start-ups’ e, em cada ano, estrearam-se cerca de 27 mil novos empreendedores. Apesar de representarem apenas ainda 6,5% do tecido empresarial português, as ‘start-ups’ já são responsáveis por 18% do emprego criado anualmente. A par das empresas jovens, responsáveis por 46% dos novos postos de trabalho nascidos em cada ano, e das empresas com menos de 50 trabalhadores, as maiores responsáveis pela criação de emprego no país.

Os dados mostram ainda que as pequenas empresas quando envelhecem têm uma contribuição baixa para a criação de emprego (9%), revelando mesmo que a maioria dos pequenos negócios de cariz local não parece ter ambição de crescer. E fica ainda a saber-se que as empresas de crescimento elevado, que constituem 0,4% do tecido empresarial, contribuem para quase 10% do novo emprego, revelando que são estas que, já numa fase de desenvolvimento superior, demonstram ambição e potencial para crescer.

O estudo completo será apresentado no dia 8 de Maio, na Nova School of Business and Economics, ao mesmo tempo que mostrará uma radiografia do emprego ao longo de todo o período analisado, por sector de actividade e pela importância de factores como a dimensão, a idade e o desempenho na criação de emprego.

Durante a conferência “Onde nasce o novo emprego”, os oradores apresentarão também dados que permitem fazer a radiografia das ‘start-ups’ portuguesas: como nascem, quem as cria, número de empresas e empreendedores, por sector e regiões. E como são os primeiros anos de vida destas empresas. E aqui caberá a Rodrigo Peduzzi apresentar as novas linhas de orientação da União Europeia nos temas do reforço da actividade industrial e da especialização como vectores de competitividade e criação de emprego.

A abertura está a cargo de Jorge Portugal, o encerramento é feito pelo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, António Saraiva.

Fonte: Económico

Comentários

comentários