É de Vila Velha de Rodão, vila no distrito de Castelo Branco, que saem quilómetros e quilómetros de papel macio e fino destinado à higiene – denominado tissue -, na forma de guardanapos, rolos de cozinha, papel higiénico e muitos outros tipos de papel para uso em hotelaria. A AMS – Goma-Camps investiu em força e quer vencer no mercado ibérico, em França, em Marrocos e nos PALOP, tendo concluído agora a terceira fase do plano de investimento de 49 milhões de euros.
“A próxima fase, cujos estudos estamos a concluir, permitirá aumentar as vendas em 80% até 2018, para 120 milhões de euros”, anuncia o diretor geral, José Miranda, ao Dinheiro Vivo.
Tendo executado “98% dos apoios comunitários contratualizados”, a empresa constituída pelos espanhois da Goma-Camps e os portugueses dos grupos Copaca e Mateus, entre outros, e que foi eleita projeto PIN em 2008, considera-se “um bom exemplo de aplicação dos fundos comunitários”, pelo que, de acordo com José Miranda, “há um bom relacionamento com a banca com vista ao financiamento da próxima fase de investimento”.
A produzir há apenas três anos, a AMS tem projetado um aumento das vendas na ordem dos dois dígitos desde o ano passado (+15,5%, de 42 milhões para 48 milhões este ano) e chegaria a 2014 com um volume de negócios de 67 milhões de euros “sem fazer nada”. Com os investimentos agora concluídos, “90% do aumento de produção é para exportação”. Hoje, a empresa exporta 15% da produção, cujo total ronda as 30 mil toneladas, valor que quer duplicar nos próximos cinco anos.
Em Portugal, a AMS fornece os papéis para o Pingo Doce, o Continente e o Intermarché, entre outros, e refere que só se “nota a crise no segmento da hotelaria e dos organismos públicos, onde há retração nos consumos, enquanto que no segmento de consumo o mercado continua a crescer, embora mais lentamente que os 3% ou 4% anuais a que nos habituámos”.
A empresa emprega 125 pessoas e está a contratar mais 18, até ao final do ano, para acompanhar os investimentos de aumento de capacidade produtiva, devendo contratar outras 10 no próximo ano pelo mesmo motivo.
“Quando estiver concluída a quarta fase, que também aumentará a capacidade produtiva, então será necessário contratar mais 80 pessoas”, anuncia José Miranda.
Fonte: Dinheiro Vivo