Portugal pode ter quarta loja Ikea já no final de 2014, em vez de Espanha, que chegou a oferecer terrenos para complexo comercial.

A assembleia municipal de Loulé vai discutir esta sexta-feira à noite “a alteração do uso do solo” onde está previsto o complexo comercial do grupo Ikea. Seruca Emídio, presidente da Câmara Municipal de Loulé acredita que o plano, que já esteve em discussão pública e “passou pelo crivo de todas entidades” responsáveis, será hoje aprovada em assembleia.

“Foi há três anos que iniciámos este debate” sobre o Plano de Urbanização Caliços – Esteval, que globalmente visa 355 hectares de área do concelho, dos quais 12 hectares (dois terrenos não contíguos) em reserva agrícola nacional. O projecto do grupo Ikea, segundo anunciado publicamente, deverá assemelhar-se ao de Matosinhos, uma vez que inclui loja, centro comercial e “retail park”, distribuídos por 40 hectares já adquiridos

O autarca social-democrata sublinha a “importância para o concelho e para a região, neste momento” de um projecto em que o orçamento previsto pelo grupo Ikea era de 400 milhões de euros de investimento. Seruca Emídio acredita que serão criados 3.000 postos de trabalho directo e indirecto com o plano.

Concelho obtém 9,2 milhões adicionais em obra

Além deste investimento, garantiu o presidente da autarquia ao Negócios, o grupo sueco comprometeu-se a aplicar outros 9,2 milhões de euros em iniciativas como “acesso viário à N125”, a criação de ciclovias e vias pedonais, e uma “bacia de retenção no parque da cidade”.

O grupo Ikea assinou em Dezembro de 2010 aquilo que na altura foi denominado por “contrato de cooperação” com a Câmara Municipal de Loulé. Este projecto foi o único que o grupo garantiu recentemente manter-se no calendário originalmente previsto para Portugal, logo que fosse aprovado por todas as entidades competentes

Portugal não era o único país interessado em receber o investimento, tendo Espanha, mais precisamente o município de Ayamonte chegado a “oferecer” terrenos para a implementação dos projectos, assegura o presidente da Câmara de Loulé. Deste lado da fronteira, assegura o autarca, “não há qualquer tipo de apoios, nem fiscais”.

Emídio Seruca, convicto da aprovação em assembleia municipal desta sexta-feira, acredita que a primeira pedra do complexo comercial poderá avançar já “em Maio/Junho” deste ano. Se tudo correr bem na edificação do projecto, entre finais de 2014 e início de 2015 a quarta loja Ikea poderá abrir em Portugal, depois de Lisboa, Matosinhos e Loures.

Fonte: Negócios

 

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