O IGCP obteve a totalidade dos 1.500 milhões de euros pretendidos, com a maior parte emitida ao abrigo da linha mais longa: 18 meses. Taxa nesse prazo caiu para 1,5%, face aos quase 2% do último leilão, mas Chipre terá evitado uma queda maior na taxa.

O Tesouro português emitiu 1.500 milhões de euros em dívida de curto prazo, com 1.200 milhões emitidos a 18 meses e 300 milhões a três meses.

Os custos baixaram no prazo mais longo, com a taxa implícita a baixar para 1,506% e a procura a superar em mais de duas vezes o montante colocado. No último leilão a 18 meses, em Janeiro, o Tesouro português havia suportado uma taxa implícita de 1,96% para se financiar em mil milhões de euros nesse prazo. A procura superou, então, a oferta em mais de duas vezes e meia.

A redução dos custos de financiamento já era esperada pelos analista, que diziam, no entanto, que as taxas poderiam ter sido ainda mais baixas não fosse o agravamento da percepção de risco dos últimos dias, com a crise no Chipre. Na sexta-feira, a linha a 16 meses estava na casa dos 1,1%.

O IGCP emitiu também 300 milhões de euros a três meses, prazo em que os custos subiram ligeiramente face ao último leilão, o que segue a tendência das taxas de mercado (“mid-swaps”) nas últimas semanas. A taxa implícita foi de 0,757%, face à emissão anterior a três meses, feita em Fevereiro, que custou ao Estado uma taxa de 0,737%.

O montante indicativo, comum às duas linhas leiloadas, ia de 1.250 milhões a 1.500 milhões de euros.

Os responsáveis do Tesouro português estão esta semana em “roadshow” em vários países europeus, contactando investidores num esforço de reabilitação da imagem de Portugal com vista a possíveis novas operações no mercado, que Vítor Gaspar admite poderem ocorrer “nas próximas semanas”.

Fonte: Negócios

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