O risco de entrar em bancarrota num horizonte de cinco anos baixou para 23,77% na abertura de hoje, segundo dados da CMA S&P Capital IQ. Na sexta-feira (17 de maio) havia fechado em 24,02%. Portugal desceu na sexta-feira para a 9ª posição no grupo das 10 economias do mundo com maior probabilidade de incumprimento da dívida soberana e hoje abriu a cair para o 10º lugar, o último deste “clube”. A Tunísia ascendeu ao 9º lugar. A diferença entre as duas posições é, contudo, muito pequena, podendo haver troca de cadeiras.

Recorde-se que Portugal entrou para este “clube da bancarrota” no 2º trimestre de 2010, chegou ao 2º lugar no 3º trimestre de 2011 e ao 1º lugar em 12 de março de 2012, quando a Grécia saiu do grupo em virtude de ter entrado em default parcial aquando da reestruturação da sua dívida no âmbito do segundo programa de resgate pela troika.

No mercado secundário, o movimento de descida das yields das obrigações do Tesouro português prossegue na maioria dos prazos de médio e longo prazo. Na maturidade de referência, a dez anos, as yields abriram a descer, estando em 5,24%, abaixo de 5,29%, o valor de fecho de sexta-feira. O prémio de risco da dívida portuguesa em relação ao custo de financiamento da dívida alemã a dez anos continua a descer abaixo de 4 pontos percentuais.

Há que ter em consideração que hoje é feriado em diversos países da Europa.

Outro movimento de descida significativa ocorre, como temos referido, com a Grécia. O risco de incumprimento desceu para 49,15% na abertura de hoje e a Grécia, desde sexta-feira, abandonou a liderança do “clube da bancarrota”, descendo para a 3ª posição, atrás da Argentina, que lidera, e do Chipre. No mercado secundário, as yields das obrigações gregas a 10 anos desceram, hoje na abertura, para 8,15%. Os investidores e os analistas têm encarado positivamente a descida das yields das obrigações gregas abaixo do nível de 10%, o que está a ocorrer rapidamente desde 6 de maio. Sinal de alteração da perceção sobre a Grécia, a agência Fitch elevou, recentemente, a notação da dívida grega de longo prazo do nível de default iminente (CCC) para um nível de B- (no entanto, uma notação ainda seis níveis abaixo da graduação para dívida não especulativa) e com perspetiva estável.

Os investidores estão a considerar que o risco de saída do euro por parte da Grécia e de Portugal, apesar da situação económica depressiva dos dois países, está em queda acentuada. Apenas Chipre, entre os resgatados pela troika, continua com um nível de risco de incumprimento da sua dívida acima de 50%.

Fonte: Expresso

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