O presidente da AICEP, Pedro Reis, admitiu hoje no Parlamento uma quebra nas exportações para 2013, estando esperançado que Portugal vá atingir um saldo positivo em relação ao ano passado.

“Não vejo como não se poderá abrandar as exportações em 2013, principalmente para Espanha que representa 22% das nossas vendas no exterior”, afirmou Pedro Reis na audição sobre a preparação de uma lei de bases para a qualidade, a inovação, a competitividade e o empreendedorismo.

O responsável pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), perante uma pergunta da deputada do PS Ana Paula Vitorino, reconheceu que houve uma quebra de exportações em 2012 para Espanha (cerca de 400 milhões de euros) e Alemanha (cerca de 230 milhões), mas que foram compensadas com os aumentos para Angola (670 milhões) e Estados Unidos.

“Antecipo uma quebra nos mercados europeus, mas veremos qual é o saldo desta quebra de acordo com o conseguirmos crescer nos outros mercados, sendo que o Banco de Portugal prevê um aumento das exportações de 2%”, sublinhou.

Pedro Reis fez questão de frisar que, apesar do andamento positivo das exportações, representando 37% do Produto Interno Bruto (PIB), tal situação “não sustenta uma economia”.

Questionado sobre a saída de empresas estrangeiras de Portugal, o presidente da AICEP disse nada poder fazer “a não ser retirar, se for o caso, os incentivos financeiros e fiscais”.

Relativamente ao contributo da Agência para a nova lei de bases, Pedro Reis aconselhou os deputados a pensarem numa ideia em que haja uma redução da contribuição das Pequenas e Médias Empresas (PME) para a Segurança Social quando estas contratem doutorados e ainda que os cursos de economia deveriam integrar disciplinas ligadas ao empreendedorismo.

Fonte: Económico

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