Em Abril, há uma assembleia-geral que irá votar a nova composição da administração da papeleira. Mas ainda não será aí que João Paulo Oliveira assume oficialmente funções na Portucel. Para já, entra Nuno Santos, vindo da McKinsey.

O presidente da Bosch vai mudar-se para a administração da Portucel. Mas não será já em Abril, altura em que a nova composição da administração para os próximos três anos será votada pelos accionistas. Os “compromissos actuais” de João Paulo Oliveira impedem-no. A eleição do gestor, que ficará responsável pelo pelouro da expansão internacional, acontecerá “nos próximos meses”.

O esclarecimento consta de um comunicado da Semapa, que controla mais de 80% da papeleira, enviado através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. “Na sequência das notícias surgidas na comunicação social sobre a alteração da composição do conselho de administração da Portucel, S.A., informamos que a Semapa acordou com o senhor Eng. João Paulo Araújo Oliveira que diligenciaria no sentido da sua eleição para o referido conselho de administração nos próximos meses”.

“No entanto,

[tal] não sucederá já na assembleia geral da Portucel prevista para Abril próximo em virtude de compromissos actuais do mesmo”, acrescenta ainda o mesmo documento. Ou seja, João Paulo Oliveira vai para o conselho de administração da empresa para exercer funções entre 2015 e 2018 – sendo que vai fazer parte, também, da comissão executiva – mas ainda não será ratificado em Abril.

Assim, nesta lista, a Semapa vai propor para presidente do conselho de administração Pedro Queiroz Pereira, tal como já acontece actualmente. Diogo da Silveira, o presidente executivo, é proposto para vice-presidente. Luís Deslandes passa igualmente a ser vice-presidente da administração (foi este gestor quem assegurou a presidência executiva da Portucel interinamente, entre a saída de José Honório e a entrada de Diogo da Silveira).

Novo gestor vem da McKinsey

Na lista avançada esta segunda-feira, 23 de Março, há novidades face aos nomes que exercem actualmente funções. Sai Manuel Gil Mata e entram Nuno Santos e Ricardo Pacheco Pires. A par de João Paulo Oliveira, Nuno Santos também vem para dar força à comissão executiva no campo da expansão internacional (a empresa tem investimentos em curso nos Estados Unidos e em Moçambique). O gestor vem da McKinsey, onde era director desde Junho de 2008, anos em que trabalhou com ligações à área de energia, pasta e papel e cimento, nomeadamente em Portugal, Brasil e Moçambique.

Na lista mantêm-se Adriano Silveira, António Redondo, Francisco Castro Guedes, José Araújo, José Paredes, Manuel Regalado e ainda Paulo Ventura. O órgão de administração da papeleira passa, assim, a ter 12 membros, sendo que é expectável que João Paulo Araújo venha também a ocupar um cargo no conselho.

Fonte: Negócios

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