O primeiro leilão de dívida pós-eleições na Grécia, que hoje permitiu levantar mais de 800 milhões de euros em bilhetes do tesouro, registou a menor procura em oito anos e meio e custos de financiamento mais elevados.

De acordo com os dados da Bloomberg, o rácio de cobertura da procura pelos bilhetes do tesouro com maturidade de seis meses superou em 1,3 vezes a oferta, ficando abaixo da última operação comparável, que em ficou 1,58 vezes acima da oferta. Foi a menor procura desde Julho de 2006, refere a agência.

O leilão permitiu angariar 813 milhões de euros (acima dos 625 milhões de euros inicialmente indicados), a uma taxa de juro de 2,75%, que é mais elevada do que a paga no início do ano (2,3% de acordo com a Reuters).

Os juros da dívida grega seguem a apreciar em mercado secundário (29 pontos base para 9,81% na maturidade a 10 anos), depois dos alívios das últimas sessões concedidos por uma suavização do discurso do Governo Syriza, que passaram do discurso de perdão de dívida para defender uma renegociação com os credores.

O primeiro-ministro e o ministro das Finanças gregos estão desde o início da semana num périplo europeu para tentarem convencer os credores a renegociar a dívida, trocando-a por títulos com juros indexados ao crescimento económico da Grécia ou por obrigações perpétuas (sem data de vencimento definida) no caso do BCE.

O ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, está hoje na Alemanha onde, depois de encontrar o presidente do BCE Mario Draghi, segue para uma reunião com o titular germânico das Finanças, Wolfgang Schaeuble.

 

Fonte: Económico

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