A Venezuela vai suspender a importação de atum em lata, um produto disponibilizado nos supermercados por diferentes marcas, entre elas a portuguesa Ramirez, que exporta ao abrigo dos acordos de cooperação bilateral.

“Todo o atum que se consome no país tem de ser de produção nacional. Ao eliminarmos as importações, isso permitir-nos-á dar um impulso ao sector produtivo nacional”, disse o ministro venezuelano de Economia, Finanças e Banca Pública. Rodolfo Marco Torres falava sexta-feira, no estado venezuelano de Sucre, numa reunião com pescadores e representantes de empresas com actividade piscatória, em que precisou que a suspensão das importações de atum é uma das metas previstas para 2015.

Em Maio de 2008, a Ramírez assinou, pela primeira vez, um contrato com a venezuelana Bariven, uma filial da estatal Petróleos da Venezuela S.A. (Pdvsa), para a exportação de conservas portuguesas, ao abrigo dos acordos de cooperação bilateral. Em Fevereiro de 2009, o administrador da empresa, Manuel Ramirez, manifestou a intenção de aprofundar a presença no mercado venezuelano, onde os produtos, principalmente as conservas de sardinha em óleo, estavam a ter “um acolhimento muito bom”. “Mais do que o Brasil, a Venezuela é realmente o nosso país aqui na América do Sul”, disse, naquela altura, Manuel Ramirez à Lusa. Em 2010, a Ramírez voltou a assinar um acordo para o envio de várias centenas de toneladas de conservas para a Venezuela, ao abrigo dos acordos de cooperação bilateral.

 

Fonte: Económico

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