Crise na construção e quebra na procura de cimento explicam a queda abrupta no mercado.

Em Portugal, a actividade da construção caiu 19,9% nos dois primeiros meses do ano, assistindo-se, inclusivamente, a um agravamento da tendência negativa registada no ano anterior. A procura de cimento registou uma quebra de 34% até Fevereiro, a qual, segundo relatório e contas do grupo liderado por Pedro Queiroz Pereira (na foto), “poderá em parte ser atribuída às condições climatéricas mais desfavoráveis que se verificaram comparativamente a igual período do ano anterior”.

Em consequência, neste contexto desfavorável, o volume de negócios do conjunto das operações desenvolvidas em Portugal registou um decréscimo de 35,1% comparativamente ao período homólogo de 2012, tendo-se cifrado em 48,7 milhões de euros. O valor global do segmento de cimentos da Semapa vale 101,8 milhões de euros.

Entrada no Brasil

A entrada no mercado cimenteiro brasileiro através da compra de 50% do capital da Supremo Cimentos ocorrida no primeiro trimestre de 2012, “aquisição esta não produziu qualquer impacto ao nível dos resultados consolidados da Semapa nesse trimestre”, garante a administração da empresa. Pela primeira vez, os resultados desta participada entraram nas contas do grupo, tendo gerado no primeiro trimestre de 2013 um volume de negócios de 11,7 milhões de euros, tendo o grupo Semapa apropriado um total de 5,9 milhões de euros.

Resultados líquidos negativos

A Semapa registou resultados líquidos de 12,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma queda de 72,9% face ao mesmo período de 2012. De acordo com o grupo, os resultados foram “influenciados negativamente, essencialmente pela quebra do EBITDA total e pelo agravamento dos resultados financeiros”.

O volume de negócios do grupo subiu até Março 10,5%, para 465,4 milhões de euros.

Fonte: Negócios

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