A Somague assinou ontem o contrato de adjudicação de duas obras em Moçambique para o conglomerado industrial brasileiro Vale do Rio Doce, no valor conjunto de cerca de 176 milhões de euros ao câmbio actual (cerca de 228 milhões de dólares).

As duas empreitadas respeitam à requalificação do corredor ferroviário de Nacala. O prazo para a execução dos dois troços é de 22 meses nas secções ‘6 + 7.1′ e de 17 meses na secção ‘7.2′. “As duas obras agora adjudicadas dizem respeito à reabilitação da infra-estrutura e super-estrutura ferroviária da linha de Nacala, numa extensão de aproximadamente 600 quilómetros, no conhecido corredor de Nacala”, sublinha um documento da Somague, a que o Diário Económico teve acesso.

O projecto do corredor ferroviário de Nacala pretende desenvolver uma solução logística para a expansão da mina de Moatize, na província de Tete, no Norte de Moçambique. Este corredor ferroviário tem uma extensão total de 912 quilómetros e liga a mina de Moatize, 20 quilómetros a Nordeste da cidade de Tete, ao porto de Nacala-a-Velha, na costa do Oceano Índico, num trajecto que atravessa também o Malawi.

No final do processo de recuperação da infra-estrutura, em curso, está previsto que o corredor ferroviário de Nacala esteja com capacidade para movimentar 18 milhões de toneladas anuais de carvão por ano. A Vale do Rio Doce é uma das maiores empresas mineiras do mundo e responsável pela exploração da mina de carvão de Moatize.

Fonte: Económico

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