Os números foram hoje revelados, em Vila Nova de Famalicão, pelo director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

O ‘cluster’ têxtil e vestuário em Portugal poderá perder, até 2020, cerca de 20 mil trabalhadores, mas naquele ano espera atingir um volume de exportações de 5 mil milhões de euros, igualando o valor mais elevado de sempre.

Os números foram hoje revelados, em Vila Nova de Famalicão, pelo director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Paulo Vaz, durante a apresentação do plano estratégico do sector para 2020, designado “Cluster Têxtil Moda 2020”.

Segundo Paulo Vaz, naquele ano o volume de vendas do sector, que assegura actualmente cerca de 120 mil postos de trabalho directos, deverá ascender a 6,5 mil milhões de euros.

“Todos os indicadores apontam nesse sentido, a não ser que aconteça uma catástrofe ou um cataclismo”, referiu Paulo Vaz, sublinhando que acredita, hoje mais do que há quatro ou cinco anos, na consolidação daquele ‘cluster’ (grupo de empresas).

O plano estratégico aponta para que em 2020 existam em Portugal 5 mil empresas do têxtil e vestuário e 100 mil trabalhadores, com um volume de negócios de 6,5 mil milhões de euros e um valor de exportações de 5 mil milhões de euros.

Actualmente, o ‘cluster’ é responsável por 10% das exportações nacionais, devendo este ano contribuir com 4,5 mil milhões de euros.

“Este deverá ser o melhor ano desde 2001”, apontou Paulo Vaz, sublinhando que agora existem menos de metade das empresas e menos de metade dos trabalhadores.

Até 2020, a meta é atingir os 5 mil milhões de euros de exportações, por forma a igualar o valor mais elevado de sempre, registado em 2001.

O responsável sublinhou que a aposta terá de passar pela inovação e pela qualidade, com novos produtos e novos materiais, para consolidar aquela que considera ter sido a maior conquista do setor nos últimos anos: a afirmação da etiqueta “Made in Portugal”.

“Os ‘clusters’ internacionais já exigem a colocação da etiqueta ‘Made in Portugal’ nas peças, e essa terá sido, porventura, a maior conquista do sector”, enfatizou.

 

Fonte: Jornal i

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