Analistas consideram que a extensão das maturidades será positiva, mas não chega. Governo deve manter rumo da consolidação orçamental.
“É um documento algo alarmante. Indica que a troika está muito pouco confiante de que Portugal vai recuperar o acesso aos mercados e demonstra sérias reservas de que o País conseguirá sair do programa de assistência”. É o comentário de Nicholas Spiro, director da Spiro Sovereign Strategy, à leitura do relatório técnico da troika que servirá de base para a decisão sobre a extensão das maturidades dos empréstimos na reunião de sexta-feira do Eurogrupo.O documento de preparação da reunião de ministros das Finanças do euro afirma que “no momento actual, o acesso de Portugal ao mercado só pode ser considerado como limitado e oportunístico”. E considera que o financiamento mais alargado nos mercados deverá ser constrangido por vários factores. Um deles prende-se com a dificuldade em atrair uma base de investidores estável para futuras emissões com maturidades mais longas, dado o “rating” de alto risco do País. O relatório aponta que na emissão a cinco anos realizada em Janeiro o Tesouro atraiu sobretudo “investidores especulativos”, como “hedge funds” e gestores de activos.”Há uma diferenciação
Fonte: Negócios