“Portugal é uma extensão natural muito próxima da politica do nosso grupo. é um membro da mesma cultura.” Foi desta forma que Jesús Echevarría, diretor-geral de comunicação e relações institucionais do grupo Inditex, definiu a relação com o mercado português, o mesmo que há 25 anos marcou a internacionalização do grupo sediado na Corunha, com a abertura da loja no Porto.

Num encontro com os jornalistas na sede da dona da Zara, Pull & Bear, Massimo Dutti, Bershka, entre outras, o responsável pela comunicação explicou que é política da companhia ter fornecedores de proximidade, sendo 51% em volume repartidos por Portugal – que totaliza cerca de 200 -, Galiza e Marrocos. Isto, frisa o mesmo responsável, para satisfazer o que o cliente quer e não o que as marcas lhe querem impor. A isto Jesús Echevarría chama de “flexibilidade no modelo”, ou seja, “escutamos o que o cliente pede e a partir dai tomamos as decisões.”

Duas vezes por semana, cada loja reporta o produto com mais procura, o que menos agrada ou alguma peça sugerida pelo cliente. Duas horas mais tarde, a central analisa o pedido e decide se incorpora a novidade na sua produção, oito horas depois é definida a logística, envolvendo as oito plataforma espalhadas por Espanha. E o produto estará na loja dentro de 36 horas se for de camião e 48 se for de avião.

Presente em 86 mercados, o grupo tem em Portugal o terceiro pais com maior número de lojas – a seguir a Espanha e China – com 348 estabelecimentos, em cerca de 50 cidades de Norte a Sul do país.

Revelando não haver intenção de abrir mais lojas em Portugal, apenas manter a estratégia de estabilidade, Jesús Echevarría aponta como possível novo mercado o continente africano.

Com uma produção anual de 970 milhões de peças por ano (2011), a Indetex registou lucros de 2,3 mil milhões de euros, em 2012. Espanha é responsável por 20% das vendas do grupo, o mesmo grupo que é responsável por 80% das exportações da Galiza.

No mundo inteiro a Inditex emprega cerca de 120 mil pessoas, cerca de 6 mil das quais em Portugal.

Fonte: Dinheiro Vivo

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