A gigante de produtos de grande consumo quer uma fatia maior do apetecível mercado indiano.

Com a explosão da classe média na Índia, a Unilever quer ter uma fatia maior do bolo. A gigante dos bens de grande consumo, dona de marcas como o detergente Skip ou a Knorr, ofereceu 293 mil milhões de rupias, qualquer coisa como 4,1 mil milhões de euros, por 75% da Hindustan Unilever (HUL), a sua filial na Índia.

O grupo anglo-holandês entrou no país em 1931 com a abertura da Hindustan Vanaspati Manufacturing Company. Seguiu-se a Lever Brothers India Limited (1933) e a United Traders Limited (1935). As três empresas fundiram-se em 1956 dando origem à HUL.

Actualmente, a Unilever tem 52,48% do capital, e o resto é distribuído por 360.675 accionistas individuais e instituições financeiras.
A explosão da classe média e o aumento do poder de compra tornaram a empresa mais apetecível para o gigante empresarial, cujas acções dispararam 20% na Bolsa de Bombaim nesta terça-feira. A operação “representa mais um passo na estratégia da Unilever de investir nos mercados emergentes e oferece uma oportunidade de liquidez”, disse Paul Polman, CEO da Unilever, num comunicado oficial.

A multinacional oferece 600 rupias por título e quer comprar um total de 487.004.772 acções, que representam 22,52% do capital. Na Índia é exigido um mínimo de 25% de participação de capitais públicos para uma empresa estar cotada em bolsa.

A HUL é líder de mercado e vende desde sabonetes, a café, e detém marcas reconhecidas em todo o mundo como a Luz, Dove, Pepsodent ou Axe. No ano fiscal que terminou a 31 de Março, teve receitas de 3,8 mil milhões de euros e lucros de 0,5 mil milhões.A nível global, a Unilever está em 190 países, tem 173 mil trabalhadores e diz que sete em cada dez casas em todo o mundo utilizam os seus produtos. O volume de negócios em 2012 cifrou-se nos 50 mil milhões de euros.

De acordo com a AFP, a grande distribuição na Índia vale 375 mil milhões de euros e o sector alimentar representa 70% do mercado.O governo tem em curso uma série de reformas para abrir as áreas do comércio, seguros e aviação aos investidores estrangeiros.

Fonte: Público

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